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Senado adia de novo votação do PL que eleva taxação de bets e fintechs
Relator propôs aumento escalonado da alíquota
Radioagência Nacional - Por Priscilla Mazenotti
Publicado em 26/11/2025 16:33
Politica
© Lula Marques/ Agência Brasil

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado adiou - de novo - a votação do projeto que aumenta a tributação das bets e das fintechs. O relator, senador Eduardo Braga, do MDB, leu o voto, mas um pedido de vista coletivo suspendeu a análise. 

Braga acatou parcialmente as emendas apresentadas. Foram mais de 170. Na complementação de voto, o senador prevê um aumento gradual das alíquotas, e não de uma vez, como previa o texto original.

Fintechs e instituições de pagamento terão alíquota reajustada de 9% para 12%  no ano que vem. Em 2028, passa para 15%. Já a taxação das bets vai ser assim: até o fim do ano fica nos atuais 12%. Ano que vem sobe para 15% e em 2028 chega a 18%.

Essa graduação, segundo o relator, é para evitar a clandestinidade. Ele também prevê formas de apertar o cerco contra as operações ilegais, como lavagem de dinheiro.

"Não estamos mais diante de lavagem de dinheiro em moldes antigos, como o caixa dois, estamos falando de lavagem de dinheiro realizada por meio de instrumentos financeiros oficiais. Totalmente integrado ao sistema bancário brasileiro. Essa prática precisa ser enfrentada e precisa ser encerrada definitivamente."

Para isso, foram previstas obrigações a serem cumpridas por provedores de internet e instituições financeiras. Por exemplo, o prazo de 48 horas para a remoção de publicidade de bet ilegal e a produção de relatórios por parte de instituições de pagamento, além da adoção de mecanismos antifraude, especificamente no Pix.

"O objetivo é criar uma rede de fiscalização mais ágil e eficaz, capaz de impedir a propagação das operações ilegais como estamos assistindo atualmente"

A votação do relatório na Comissão de Assuntos Econômicos ficou para a próxima terça-feira (2). Por ser um projeto terminativo, se não houver recurso, não passa pelo plenário. Vai direto para a Câmara dos Deputados.

Fonte: Radioagência Nacional
Esta notícia foi publicada respeitando as políticas de reprodução da Radioagência Nacional.
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