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PGR e PF querem ouvir Marcelo Odebrecht e doleiros em inquérito que investiga Temer
Politica
Publicado em 16/06/2018

procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que são necessários depoimentos de seis pessoas para aprofundamento do inquérito que investiga o presidente Michel Temer por conta das delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht. Também são investigados os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia).

Polícia Federal e Procuradoria-Geral da República querem ouvir:

Marcelo Odebrecht, dono da Odebrecht;

Fernando Migliaccio, ex-funcionário da Odebrecht;

Ibanez Filter, ligado a Eliseu Padilha;

Vinícius Claret, doleiro conhecido como Juca Bala, suspeito de lavar dinheiro no esquema de Sérgio Cabral;

Cláudio Barbosa, doleiro suspeito de lavar dinheiro no esquema de Sérgio Cabral;

José Eduardo Cavalcanti de Mendonça, marqueteiro Duda Mendonça.

A informação está em documento no qual Dodge concorda com a prorrogação da apuração por mais 60 dias, apresentado na quinta (14). A íntegra ainda não estava disponível e só foi tornada pública no processo nesta sexta (16). O pedido para ouvir as testemunhas é da Polícia Federal e foi corroborado por Raquel Dodge.

A procuradora afirma que ainda que a Polícia Federal também precisa analisar os celulares utilizados à época pelos delatores Cláudio Melo Filho e José de Carvalho Filho, da Odebrecht.

"A Procuradora-Geral da República requer a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito epigrafado, por mais sessenta dias (...) considerada a existência de diligências pendentes e necessárias ao deslinde das investigações", afirma o documento.

A decisão sobre mais prazo para a apuração será dada pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF.

Quem já foi ouvido

Segundo Dodge, o inquérito já tem os depoimentos de José Yunes, ex-assessor de Temer; Maria Lúcia Tavares, ex-funcionária da Odebrecht; além de oitivas de Geddel Vieira Lima e Paulo Skaf.

A procuradoria afirmou que o doleiro e delator Lúcio Funaro, cujo depoimento foi juntado ao inquérito, apresentou informações sobre as suspeitas.

G1

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