A Executiva Nacional do Partido Social Liberal, o PSL, decidiu na manhã de terça-feira (13) expulsar o ex-ator e deputado federal Alexandre Frota (SP), eleito pela sigla em outubro do ano passado. Formalmente, a expulsão foi motivada pelas críticas de Frota ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e ao governo encabeçado pelo partido. Mas, segundo políticos e analistas, também pesou para a expulsão a disputa pelo comando do PSL em São Paulo e as eleições municipais de 2020.
A disputa contrapõe Frota e a líder do partido no Congresso, a deputada Joice Hasselmann (SP), ao líder no Senado, Major Olímpio (SP), e ao filho do presidente da República, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP). No centro da refrega está a definição sobre o candidato do partido à prefeitura de São Paulo.
Ao todo, nove dos 14 integrantes da Executiva do PSL estiveram presentes na reunião e votaram pela expulsão de Frota na manhã de terça.
Segundo o presidente nacional do partido, o deputado federal Luciano Bivar (PE), a decisão está amparada no artigo 133 do Estatuto do PSL - o parágrafo 3º diz, de maneira genérica, que pode ser expulso do partido quem tenha ferido os "princípios programáticos", ou cometido "infração grave às disposições de lei e de Estatuto, infidelidade partidária, ou qualquer outra em que se reconheça extrema gravidade".
BBC News